4 dicas para aprender inglês sozinho

Em um domingo desses, eu estava respondendo a diversos e-mails das pessoas que fazem parte da minha newsletter, e um deles me chamou a atenção por esse questionamento: “É realmente possível aprender do zero sozinha?” Eu comecei a escrever o e-mail com várias instruções, mas no meio do caminho, ao perceber que talvez outras pessoas podiam ter a mesma dúvida, resolvi escrever esse artigo, o qual eu espero que também ajude você!

O texto de hoje tem dois objetivos

1. Estimular sua reflexão para que você tenha um pouco mais de clareza em alguns aspectos importantes sobre o processo de aquisição da fluência; e
2. Fornecer um guia para que você construa o seu passo a passo para aprender sozinho, de forma paga ou gratuita, para quem está com a “grana curta”.

Antes das quatro dicas, observe a seguinte frase:

“Estou tentando aprender inglês a muito tempo e não consigo ficar fluente”

Agora visualize a seguinte situação:

Eu tenho 1.57m de altura e aqui em casa, o pé direito é de mais ou menos 2.80m, e eu resolvi que eu quero tocar no teto para tentar limpar uma sujeira que está me incomodando. Eu vou pegar um paninho e vou tentar limpar aquela sujeira. Eu dou vários pulos, mas não consigo alcançar, mas eu tentei, concorda comigo?

Esse é o perigo da palavra tentar! Se eu tivesse decidido que ia limpar aquela sujeira, eu nem perderia tempo pulando. Eu pegaria uma cadeira ou escada, subiria e limparia. Simples assim! Percebe que isso tem a ver com realmente querer?

O exemplo é bem simples, mas é para ajudar a você entender que: Enquanto você continuar “tentando” aprender inglês, você continuará apenas “tentando” e não conseguindo!

Algumas dessas frases estão presentes na sua fala?

• Eu estou tentando aprender inglês…
• Eu já tentei de tudo…
• Eu tento entender o que dizem, mas não consigo.
• Eu tento falar, mas eu travo…

Se você respondeu “Sim”, não se culpe, pois as vezes fazemos isso e nem percebemos. O importante é focar no “daqui para frente”. O primeiro passo para a mudança é a consciência, e agora que você já tem consciência, vamos as estratégias para você parar de TENTAR e efetivamente CONSEGUIR. Combinado?

1. Defina seu destino final

Imagina que você vai fazer uma viagem para uma cidade vizinha, da qual você não sabe como chegar. Sendo assim, você decide usar um GPS para te guiar. Qual será o seu primeiro passo? Se você respondeu: digitar o endereço, você acertou!

Dependendo do local onde você vai, não basta o nome da rua, é necessário também colocar o número do local, correto? Na aquisição da fluência é a mesma coisa!

Se você não definir exatamente qual é o teu objetivo com o idioma, você nunca saberá onde quer chegar. E por mais que você se matricule no “melhor” curso de inglês, como é o caso de muita gente que estuda, estuda e estuda, e não chega a lugar algum, as chances são de você continuar tendo os mesmos resultados.

Não adianta ter um planejamento, uma rota da fluência, se você não sabe onde quer que essa rota de leve, parece óbvio, mas 99,9% das pessoas que me procuram não tem isso definido.

O que é ser fluente para você, nesse momento da sua vida?

Sabe o porquê eu pergunto nesse momento da sua vida? Porque hoje você pode ter um objetivo e amanhã pode ter outro, e está tudo bem com isso!

Vou compartilhar minha história com você, para que entenda melhor:

Quando eu comecei a perseguir minha fluência, eu trabalhava na área de TI, eu era Gerente de Projetos, e para mim, ser fluente era poder pegar o telefone e conduzir as reuniões do projeto de forma clara e objetiva. Naquela época, vocabulários do mundo da Tecnologia da Informação, Telecomunicações e Projetos eram extremamente importantes para o meu trabalho.

Hoje não são mais, eu pouco utilizo aqueles vocabulários daquela época. Hoje para mim, o importante é falar sobre desenvolvimento humano, processo de aprendizagem, programação neurolinguística e coaching.

Sabia que quando eu fiz minha transição de carreira, eu tive que reciclar meu vocabulário? Meu destino final mudou, porque a minha vida mudou.

E você, qual é o seu destino final? Onde você quer chegar com sua fluência?

• Talvez você se veja em uma viagem, onde se comunica bem no hotel, restaurantes, lojas;
• Talvez você se veja atendendo ligações internacionais na recepção da sua empresa;
• Talvez levando os estrangeiros que visitam a sua empresa para um happy hour;
• Talvez seja participando de uma conferência internacional; ou
• Talvez seja participando de uma reunião de trabalho na qual você não entra mudo e sai calado;

Perceba que, para cada item acima você vai precisar de vocabulários diferentes, certo?

E mais, se você for, por exemplo, da área jurídica e trabalha no ramo têxtil, de que vai ajudar você decorar um monte de vocabulário que não está relacionado à sua área de atuação?

Sabe qual é o problema de não definir exatamente qual é o seu objetivo com a fluência? Você perde tempo com coisas que não te levam a lugar algum! Quer exemplos?

Que tal perder um tempão decorando listas e mais listas de palavras sobre partes do corpo humano, comidas, utensílios de casa, e tantas outras coisas?

A menos que isso faça parte do seu destino final, você só vai perder tempo focando naquilo que não monta sua “foto da fluência”.

Aí você pode dizer: “Ah, mas eu quero ser apto a falar em toda e qualquer situação!”

Ótimo, a língua inglesa tem mais de 750.000 palavras, se você tem tempo para se dedicar a aquisição de um grande número de vocabulário para quaisquer situações, e se o tempo é o seu aliado, boa sorte!

Agora, se você, assim como eu, já passou dos 30 e quer focar no que realmente importa para esse momento da sua vida, vamos em frente!

a) Defina um primeiro objetivo, e quando chegar nele, defina um segundo, um terceiro, e assim por diante. Se amanhã ou depois eu resolver que quero ser engenheira agrônoma, adivinha? Vou ter que estudar novos vocabulários dessa área, concorda?

b) Foque seus estudos, seu tempo, no que é importante e vai te levar ao seu destino final.

c) Defina especificamente o que é fluência para você. No meu caso, era muito claro. Eu me via participando de uma conference call, na qual eu era a líder da reunião, toda em inglês, e ao final, eu fazia a ata daquela reunião e enviava para todos os participantes por e-mail. Essa era a minha foto, qual é a sua?

2. Defina quando você quer chegar ao seu destino final

Eu recebo dezenas de perguntas por dia, de pessoas querendo saber em quanto tempo elas vão ficar fluente, e a resposta é sempre a mesma: depende.

Imagine a seguinte situação:

Você está no circuito de Interlagos e sua missão é dar a volta completa atingindo a linha de chegada, em dois cenários diferentes:

• Cenário A: Você não recebe instruções de como percorrer a pista, está com um carro 1.0 popular e não tem muita confiança ao volante.
• Cenário B: Você recebe orientações de como fazer o percurso da maneira mais eficaz possível, agora está com uma Ferrari e já é um motorista experiente.

Em qual cenário você irá completar a volta mais rápido?

Perceba que o percurso e o destino final são os mesmos, o que mudou foi a preparação, os recursos e as estratégias disponíveis.

Outro ponto importante é que: quem define quando você vai ficar fluente deveria ser você e não sua escola de inglês!

É você quem deve definir a sua data alvo e, a partir daí, traçar as estratégias para chegar lá.

Exemplo: Se você define que você precisa ficar fluente em 6 meses, qual é o tipo de escola que você tem que se matricular? Quantos minutos por dia você vai precisar dedicar ao idioma para atingir sua marca de 6 meses? Essa quantidade de minutos por dia é razoável para você, ou seja, é atingível? Quais outras estratégias você percebe que pode usar ao seu favor para atingir seu alvo de 6 meses?

Nesse momento posso até escutar daqui: “Ah Vânia, você está dizendo que é possível ficar fluente em 6 meses?”

De novo, depende!

Reflita:

1. O que você está disposto a fazer para atingir essa meta?
2. E isso que você está disposto a fazer é possível de ser realizado?
3. Quais estratégias serão tomadas?
4. De quem depende essas estratégias? Você precisa conversar com mais alguém?
5. O que você precisa mudar na sua vida para que esse plano estratégico da fluência saia do papel?
6. Você está disposto a realizar essas mudanças?

Se depois de responder essas perguntas, você perceber que o seu sonho de ficar fluente em 6 meses é inviável, está tudo bem! Apenas replaneje a data e trabalhe com fatos, não com ilusões! Certamente com dados racionais e estrategicamente planejados, você irá alcançar seu objetivo na sua data alvo.

Entenda, enquanto você não definir um objetivo claro e a data que você quer chegar nesse objetivo, você nunca vai conseguir traçar uma estratégia adequada e ficará no ritmo “Zeca Pagodinho” do “Deixa a vida me levar”, faz sentido para você?

Uma observação final, mas não menos importante: a busca da fluência não é uma corrida de velocidade, onde quem chega mais rápido ganha! É uma corrida de consistência, onde quem tem estratégia ganha! Lembre-se disso:

“Mais importante do que a velocidade é a direção”

3. Defina o caminho para chegar no seu destino final

Agora que você definiu Seu Destino Final e Sua Data Alvo, o próximo passo é desenhar o caminho, passo a passo, que precisa ser feito para que você atinja seu objetivo.

Há uma série de variáveis que precisam ser consideradas na criação de uma estratégia. Vamos lá:

3.1) Organize sua agenda

1. Quais são as coisas que você faz hoje que não te levarão ao seu destino final, e que você precisa descartar?
2. O que você faz hoje que precisa continuar sendo feito, mas pode ser feito de uma forma mais eficaz, de modo que você ganhe tempo?
3. Quais são as coisas que você faz hoje que você pode delegar?
4. Qual é o tempo exato que você tem disponível por dia para se dedicar ao projeto da fluência?
5. Qual é o horário do dia que você vai reservar para isso?
6. Esse tempo que você tem disponível, é suficiente para você chegar no seu destino final no tempo que você definiu?

Se sim, ótimo! Se não, qual dos itens abaixo precisa ser feito?

• Replanejar a data de chegada?
• Revisar os itens A, B e C desta lista?

A imagem abaixo é um exemplo bem simples de agenda, que eu mesmo utilizo na minha rotina diária. Adoro a máxima: “Simplifica Que Simples Fica”!

Ela é revisada toda sexta-feira, onde eu faço o planejamento da minha próxima semana, há pessoas que fazem aos sábados ou aos domingos. Veja o que funciona para você, mas o importante aqui é iniciar a semana com tudo planejado, pois sabendo exatamente o que você tem que fazer, quando e por quanto tempo, é possível que até lhe sobre tempo!

3.2) Defina um plano de estudos

Agora que você sabe o Seu Destino Final, Sua Data Alvo e Quanto Tempo Por Dia você terá disponível, é hora de montar seu plano de estudos.

Só é possível elaborar um bom plano de estudos após definir as variáveis acima, caso contrário, você vai continuar estudando um monte de coisa sem nexo, que não vão te levar onde você quer.

3.2.1) As 4 habilidades

Algo que você talvez você queira saber é que, a respeito de fluência (escrita ou verbal), existem 4 habilidades que devem ser trabalhadas no seu plano de estudos. São elas:

Input

• Reading (Ler)
• Listening (Ouvir)

Output

• Writing (Escrever)
• Speaking (Falar)

Reflita nas seguintes perguntas:

• De zero a dez, qual nota você se daria em termos de dedicação para cada uma das áreas?
• Você tem se dedicado a cada uma delas de forma equilibrada, ou algumas áreas tem recebido mais atenção que outras?
• Com essa avaliação, quais são as chances que você percebe que você tem de alcançar seu destino final?
• E o que precisa ser feito/alterado?

Agora que você tem conhecimento das habilidades que precisam ser trabalhadas, tem clareza de como está o seu desempenho em cada uma delas, e sabe o que precisa fazer para mudar o desempenho, vamos avaliar outro aspecto importante que você precisa considerar em seu plano de estudos.

3.2.2) Aprendizagem x Aquisição

Entenda por “Aprendizagem” tudo o que você faz formalmente para aprender o idioma:

• As suas aulas
• Os seus “homeworks”, etc.

Entenda por “Aquisição”, tudo o que você faz para inserir o inglês na sua rotina, como um estilo de vida

• Os filmes que você passa a assistir em inglês
• As músicas que você passa a ouvir e conhecer a letra
• Os podcasts que você passa a ouvir enquanto está fazendo outras atividades
• O idioma dos seus dispositivos eletrônicos que você mudou para o inglês
• As notícias que você lê, agora em sites internacionais, etc.

Enfim, a lista é imensa. Dentro do meu programa de coaching eu apresento pelo menos 15 itens que podem ser implementados como processo de aquisição.

Pense em mais coisas que você pode fazer para inserir o inglês na sua rotina, liste todos eles!

Lembre-se sempre do seguinte: quanto mais você inserir o inglês na sua rotina, passando a ter um estilo de vida diferente, mais naturalmente você vai adquirir a fluência, com menos sofrimento, com mais eficácia e com menos tempo.

Reflita: Quais são as mudanças que você irá fazer para incluir o inglês na sua rotina e quando você vai começar a fazer cada uma delas?

3.2.3) Definindo as ferramentas e recursos necessários

Antigamente, os materiais didáticos para aprender inglês eram escassos, caros e de difícil acesso. Hoje em dia, sofremos exatamente o oposto! Há muitas coisas disponíveis, a preços acessíveis e muitos até gratuitos, porém as pessoas continuam sofrendo, agora porque se sentem perdidas na imensidão das opções disponíveis.

Bom, eu não sei você, mas eu prefiro o sofrimento da atualidade! (Eu comecei a estudar inglês na época da fita K7 e das caríssimas revistas Speakup… rsrsrs)

As orientações aqui são:

Antes de começar a estudar efetivamente, você precisa investir um tempo para buscar o material que você gosta, e que principalmente, vai te levar em direção ao seu destino final.

Se você optar por livros impressos, faça suas compras, deixe-os separados em um local de fácil acesso, e mãos à obra.

A vantagem de escolher livro, é que você não precisa investir tempo montando a ordem do seu plano de estudos, pois já está tudo organizado para você.

Eu gosto particularmente dos livros da Oxford University Press, a qualidade desse material é fantástica, e como eu só indico coisas que eu já utilizei, seguem os links, caso queira conhecer esses materiais incríveis.

General English Books – Coleção English File

• Beginner
• Elementary
• Pre-Intermediate
• Intermediate Plus
• Upper Intermediate
• Advanced

Business English Books – Coleção Express Series

• Diversos temas

Se os recursos financeiros estão escassos, não precisa desanimar, tem indicação para você também. São muitos sites gratuitos que eu poderia indicar para te ajudar nessa jornada, esse artigo ficaria enorme (maior do que já é), por isso, eu vou focar em dois:

• Breaking News English: Aqui você encontra notícias atualizadas de coisas que estão acontecendo no mundo, todas separadas por nível. Para cada noticia há mais de 30 exercícios para você praticar, não somente o input como também o output. Nesse vídeo do YouTube eu mostro um pouco mais como ele funciona, clique aqui para assistir.
• The Flatmates: Trata-se de um material incrível, onde o inglês é abordado por meio de um seriado, distribuídos em 204 episódios. Começa do basicão verb to be e vai até estruturas mais avançadas.

3.2.4) Vocabulário e dicionário

Esse assunto é muito delicado, tão delicado que dentro do meu programa Fluência Descomplicada, eu tenho um vídeo de 1 hora e 20 minutos para tratar das técnicas para aumentar vocabulário. Sendo assim, nas próximas linhas vou procurar escrever as melhores orientações possíveis para ajudar você.

Traduções via Google Translate só são permitidas se você não quer ficar fluente, combinado?

1. Você vai precisar de um dicionário e nesse artigo, há 6 opções que você pode utilizar, tanto via aplicativo como via website.
2. Talvez você também queira conferir esse outro artigo, sobre como se dar bem com o vocabulário.
3. Além os itens acima, você pode usar o recurso Google Imagens, isso vai ajudar MUITO você!

• Acesse o Google
• Clique em Imagens
• Digite a palavra em inglês que você não sabe que significa
• Verifique se há imagem disponível
• Confira no dicionário, se a imagem apresentada confere com a definição da palavra

4) Se você não lembra de alguma palavra especifica, busque sinônimos para substituir, busque outra forma para se expressar, com vocabulários que você já possui. A medida que você for estudando, da forma correta, o seu banco de dados de vocabulário vai aumentando. Não se preocupe em saber tudo agora! A língua inglesa possui 750.000 palavras, take it easy okay?

3.2.5) Output

No final do dia, o que você mais quer é falar, é se comunicar!

Você pode praticar a fala gravando sua própria voz no seu celular, não deixa de ser uma estratégia, mas lembre-se: isso é uma boa estratégia para começar, para você ir se soltando, e ir se acostumando com o ato de falar em outro idioma, mas isso não é vida real, correto?

Vida real é você se comunicar com outras pessoas, sejam nativos ou estrangeiros.

Quem vai ser o seu guardião da fluência para você praticar o “speaking”?

Sabia que assim como você, há milhares de pessoas buscando o mesmo objetivo? Talvez você encontre um amigo, um parente, um colega de trabalho ou até mesmo um desconhecido usando aplicativos para essa finalidade.

Algumas pessoas acreditam que atingirão a fluência apenas lendo livros e ouvindo áudios em inglês, será mesmo que é possível atingir a fluência em um idioma apenas praticando as habilidades de input?

Algumas perguntas que talvez você queira refletir:

• Falar inglês é assustador para você?
• Se sim, o que te leva a ter medo?
• O que você ganha acreditando nisso?
• Caso você pratique inglês com alguém, e você cometa algum erro, o que de pior pode acontecer?

Essas são apenas algumas perguntas para fazer você refletir sobre a importância de você se soltar e começar a se comunicar.

Outra coisa importante é: quais são as situações mais desconfortáveis para você praticar o speaking, e quais são as mais confortáveis?

Que tal começar pelas mais confortáveis, e a medida que você for ganhando confiança, você vai se permitindo ao desafio de dar passos maiores em direção ao seu destino final?

Abaixo está uma imagem do plano de estudos que eu mesma utilizo, caso você queira ter um modelo para nortear a construção do seu:

4. Avalie se você está na rota correta para chegar ao seu destino final

Ninguém permanece fazendo uma coisa se não percebe evolução. E não adianta achar que as provas do seu curso ou exames para avaliação de nível vão te convencer que você está evoluindo. Quem tem que perceber a evolução é você, por isso, quem tem que medir a evolução é você!

E o que você precisa avaliar?

Resposta: Os 6 aspectos que eu expliquei anteriormente: Reading, Listening, Writing, Speaking, Aprendizagem eAquisição.

Esse é o painel da fluência que meus clientes e eu utilizamos para medir se estamos na rota ou se desviamos.

Reflexão:

Você tem avaliado esses aspectos na sua jornada em direção à fluência?

Se sim, quais medidas você tem tomado para ajustar sua rota, quando percebe que está no “amarelo” ou no “vermelho” ?

É por esse motivo que sua agenda precisa ser feita semanalmente, para que você possa se avaliar e ajustar possíveis desvios!

Como eu já disse anteriormente, a aquisição da fluência é uma jornada de consistência. Não adianta fazer as coisas por 1 mês, e abandonar a “missão” ou não ter consistência diária.

Se você tem apenas 15 minutos por dia, use esses 15 minutos! É melhor ter metas reais, e ter acesso ao idioma ao menos 15 minutos por dia, do que querer estudar 2 horas por dia e ficar “furando” o plano, e ter contato com o idioma, dia sim, dia não!

Consistência!

Guarde essa palavra no seu coração!

Se você não está tendo consistência, alguma das etapas anteriores mencionadas nesse artigo não foram definidas de forma correta. Jogue o dado novamente, volte 10 casas, releia, refaça, replaneje, mas não pare, e quando começar, não volte atrás nem para tomar impulso!

Esse artigo foi originalmente inspirado para quem quer aprender inglês sozinho, mas como sei que muita gente que está fazendo cursos, irá ler ele também, quero fazer 2 adendos:

4.1) Para quem está fazendo cursos de inglês em escolas tradicionais

Outro ponto importante que sempre me perguntam: qual é o método que facilita a aprendizagem?

A resposta é: o método que funciona para você, em que você tem prazer!

É igual academia. Eu detesto fazer musculação, mas amo fazer esportes aquáticos! Se eu não gosto de fazer musculação, por que eu vou insistir nisso para manter minha saúde em dia? Vou focar no que vai me dar prazer em fazer todos os dias, e com a consistência, vou chegar onde eu quero: saúde!

E você, se fizer um método que lhe dê prazer, vai chegar no seu destino: fluência.

Cursos de idiomas não são casamento que você faz juras de amor eterno, viu?

Eu vejo gente sofrendo com cursos e com professores particulares, e eu não consigo entender o porquê!

Se o curso que você está fazendo não está funcionando para você: Desapega OLX dele! Pede divórcio e pratique minha lei principal: amor ao próximo! Próximo… próximo… próximo… até você achar o método que te de prazer!

4.2) Para quem está fazendo aulas de inglês com professor particular

Queridão, “prestenção” nessa dica:

A vantagem de ter um professor VIP é exatamente a flexibilidade que esse tipo de serviço fornece, em detrimento ao curso em uma escola tradicional, onde tudo é meio “engessado”.

O conteúdo da aula que o professor te apresenta te leva para o seu destino final?

Você está focando as horas que fica com ele para praticar muito output, ou ele fica fazendo input com você?

Queridão, você não precisa de ninguém para (ler/ouvir), você consegue fazer isso sozinho, não é?

As horas/aula que você dispende com esse professor estão sendo bem utilizadas, ou você percebe que é uma grande perda de tempo e dinheiro?

Se você está satisfeito, perfeito! Jogue o dado novamente e siga em frente. Se você não está satisfeito, o que te impediu de fazer uma reunião com o seu professor e alinhar suas expectativas? Pedir para ele preparar as aulas de acordo com o seu destino final, focar mais em outputs e pedir para que ele te envie os materiais de input antes da aula, para que você faça isso sozinho, enfim… essas são apenas algumas estratégias.

Conclusão

Esse artigo foi escrito para responder à pergunta de uma seguidora minha: “É realmente possível aprender inglês sozinha?” E eu sigo dizendo:

A resposta para essa pergunta é SIM e NÃO! Depende de todos os fatores já mencionados anteriormente, e também:

• Até que ponto você consegue sair da sua zona de conforto sozinho?
• Se a grana está curta e você não tem dinheiro para investir em um curso, o quanto você está vê que está disposto a substituir a facilidade de ter alguém “segurando na sua mão” por você “colocar a mão na massa sozinho”?
• Você sente que tem uma rota confiável (estratégia) para fazer isso sem orientação de um profissional?

Agora que você foi exposto a uma série de estratégias e de perguntas que te fizeram refletir, mãos à obra, okay?